A aplicação de defensivos tem papel importante na busca por altas produtividades nas lavouras. Ao mesmo tempo, representa grande investimento por parte do produtor. Por isso, aproveitar as melhores condições climáticas para a pulverização é fundamental para a eficiência da pulverização. Com isso, as pulverizações noturnas trazem vantagens.
Durante determinadas épocas do ano ou períodos do dia as condições climáticas prejudicam o aproveitamento dos defensivos aplicados. Os motivos são as altas temperaturas, a baixa umidade do ar ou as rajadas de vento.

Nesses períodos, as condições climáticas têm melhora significativa durante a noite, fazendo com que as aplicações noturnas sejam a melhor opção. Isso se dá porque a temperatura se torna mais amena, a umidade do ar é mais alta e as gotas de pulverização têm mais tempo de vida (menos perda por evaporação e não são levadas pelo vento).
Alguns defensivos sofrem grande influência do clima, como os herbicidas que quando aplicados em pós-emergência são drasticamente influenciados. Para esses defensivos a aplicação noturna é a melhor alternativa em relação a diurna. Durante a noite acontece menor perda por volatização, evaporação e fotodecomposição, sendo que a aplicação desses compostos não é indicada em dias quentes e ensolarados.

Outro exemplo é a utilização de inseticidas para a lagarta-do-cartucho na cultura do milho. Essa praga costuma se esconder no cartucho da planta em períodos com altas temperaturas e permanecer fora do cartucho em temperaturas mais amenas, como acontece no período da noite. Ou seja, aplicações noturnas terão maior eficiência no controle da praga.

No entanto, o sucesso das aplicações noturnas dependem da utilização de pulverizadores com tecnologia de aplicação de ponta, bem como com componentes que possibilitem manter a qualidade da gota (calda e vazão), evitar a sobreposição de aplicação e o rendimento operacional, como sistemas de iluminação direcionadas às barras, por exemplo.

Nesse sentido a pulverização possui mais vantagens, trazendo melhor aproveitamento dos princípios ativos, evitando perdas e trazendo mais produtividade para a lavoura.